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Velho’73

Garagem do Planeta Buggy

A Garagem do Planeta Buggy apresenta sua inspiração primeira, o Velho’73, o Glaspac do Buggyman, que foi a base da construção deste espaço.

Um Glaspac 1972

Parece estranho um buggy 1972 ter o apelido de Velho’73? Bom, 1973 é o ano em que ele foi comprado por mim… e ele tem a data de fabricação e ano/modelo do carro doador, um Fusca 1969. Era assim que os buggies eram licenciados, com os detalhes do carro doador e com espécie/tipo “pass/automóvel/buggy”. Na marca/modelo, “VW/Glaspac”. E, também por isso, ele continua com a capacidade de cinco passageiros e, consequentemente, tem cinco cintos de segurança.

Pequenas alterações na identidade visual do Glaspac foram feitas ao longo destes anos todos. Na dianteira, foi eliminado o vinco central do capô, os paralamas foram cortados e, nas extremidades do capô, uma mudança bem sutil, para dar um arredondamento na frente dele.

As laterais foram coladas na carroceria e feito um ajuste no design para dar fluidez às linhas dos paralamas.

Na traseira, apenas um pequeno detalhe para encaixar as sinaleiras do Fusca “Fafá”, depois substituídas por lentes do estilo New Beetle.

Originalmente, ele tinha rodas com cinco furos, mas as gauchinhas existiam apenas com quatro furos. No início, usava adaptadores de liga leve, mas acabava alargando o carro, também… Foram, então, trocados os cubos de rodas, o que permitiu novos freios, mais eficientes, já que os de 1969 tinham patins bem estreitos.

Também foi colocado um banco traseiro, que esconde uma pequena roda estepe, com o mesmo desenho das outras.

O cambão é um BRM, com pequenas alterações para fixar no quadro da suspensão. É muito bem feito e funcional.

Ele está com faróis Empi de sete polegadas, que fornece um visual melhor que os originais de apenas cinco polegadas, de Brasília.

Os piscas dianteiros são vendidos para motos custom.

Os espelhos laterais também são de motos, com suporte especial do Manx, que tem o mesmo quadro de parabrisa do Glaspac. O espelho interno é de Corcel I e tem a “pastilha” presa no vidro com araldite (nenhuma das colas especiais da época aguentou a trepidação)

O parachoque traseiro, assim como os estribos, foam feitos pelo Dane Caetano, um dos Mestres do Planeta.

Os pneus traseiros são Firestone Dune Buggy 11L15, com letras brancas originais. Um clássico praticamente extinto.

O escapamento é 4×1 da Truck feito para a Fórmula Vê, com uma imensa corneta para trás. Foi devidamente alterado para que a corneta, agora com um abafador, saísse pela lateral do motor. O abafador foi feito com um cano interno perfurado e lã de vidro entre este cano e a corneta original. Ficou um som interessante, grave e não tão barulhento.

As alterações no motor original são poucas. Ele está com alternador Bosch, ignição eletrônica também Bosch, bomba de óleo de circulação externa e filtro de óleo externo. E não é mais o 1300 original, agora está com kits 1500 (há uns 35 anos…), um carburador.

Todas estas alterações estão mais detalhadas logo abaixo.

As fotos da galeria a seguir, foram tiradas em 2020, mostrando que o Velho ainda tem seu charme!

As reformas do Velho’73

A primeira, em 1978

Nesta época, claro, ele ainda não era o Velho’73. Era apenas “o buggy”. Em 1978, desmontei o buggy completamente para fazer uma reforma e pintar. Ele não tinha pintura até este momento, apenas o gel coat.

Para facilitar, pois a reforma se dividiu entre Porto Alegre e Arroio Grande, onde eu tinha um espaço na casa dos sogros para trabalhar, mandei fazer um reboque na medida exata do buggy. Acompanhou toda esta reforma e depois foi vendido para um cara que corria de Fiat 147. A medida era perfeita para ele.

Nas fotos a seguir, o Velho’73 sendo desmontado em 1978 e depois, quase pronto, provavelmente em 1983. A carretinha com a Samanta e o Jr brincando nela.

Nesta época, as laterais foram coladas e já tinha feito a abertura para uma sinaleira tipo “Fafá”. Só depois viria a do New Beetle. Na dianteira, ainda tinha roda aro 13″.

Os bancos dele foram comprados de uma carreteira Simca, de fibra de vidro e bem confortáveis.

Esta reforma está contada com mais detalhes nesta página, aqui no site do Planeta Buggy.

A segunda

Em 1998, uma nova reforma para o Velho’73 adaptar-se aos novos tempos. Foi nessa que os cubos de rodas foram trocados e eliminados os adaptadores.

Os parachoques foram trocados para os de Fusca antigo, com goleiras pequenas. O suporte foi feito com cantoneiras de ferro! Ficou muito bom! E os bancos foram revestidos de napa branca, para melhorar a condição do motorista quando deixado ao sol…

Como o filtro de ar original ficava sob o capô, a poeira desgastava o motor rapidamente. Nesta reforma foi colocado um filtro externo, com capa de alumínio, muito bonito, da marca HB (Hot Bird, do ex-piloto Bird Clemente. Não tenho certeza disso, mas é o que me disseram na época). Eventualmente, ele foi retirado, mas a capa continua lá…

A galeria a seguir mostra o buggy naquela época, com os parachoques, as novas rodas, os detalhes cromados e os bancos brancos.

A Terceira Reforma no Velho’73

Não lembro o ano que esta reforma aconteceu, mas deve fazer uns 15 anos. Nesta, a plataforma (chassi) foi jateada e pintada com epóxi pó, branco por dentro, vermelho por baixo. E foi feito o lift da carroceria, que pode ser visto em detalhes nesta página.

A pintura foi refeita com um nível de perfeição que ainda hoje está muito boa, sem pés de galinha ou coisas do gênero. Estava explicada em detalhes, na página do site antigo. Apesar de estar dito que foi feito com massa plástica, a utilizada foi a poliéster, que entrava no mercado.

Na parte inferior da carroceria, que estava com “bate-pedra” preto, foi totalmente raspada e aplicado um acabamento com gelcoat a pincel! Acredite, funcionou perfeitamente e está lá até hoje, sem delaminação nem nenhum tipo de problema.

Nesta reforma, também foi colocada a lente da sinaleira traseira que imita o New Beetle. E foi também nesta época que troquei todos os parafusos do buggy por outros de aço inox.

Finalmente, saiu o silencioso original do Gurgel e entrou o Truck 4×1, com um abafador cromado para cima. O coletor ainda estava virado para trás, o que forçou a ter um parachoque muito recuado, como pode ser visto nas fotos da galeria a seguir.

O cambão foi feito de tubos de ferro meio bagual demais, pesado uma barbaridade. E feio.

A Quarta Reforma no Velho’73

Esta não exigiu tirar a carroceria de cima do chassi, mas foi uma reforma bem profunda.

A primeira coisa feita, foi o espaço para uma nova estepe, comprada do Alemão, de Bento Gonçalves. Tive que insistir um pouco para ele fazer e acho que deveria ganhar royalties pela divulgação feita pelo Planeta! Ele tem vendido muito a partir daí. O detalhamento deste trabalho está em uma postagem específica. Clica na imagem a seguir.

Depois estreitamos os bancos, que raspavam na lateral e no freio de mão e um novo banco traseiro, com estrutura em fiberglass. Detalhes aqui.

Também foi feito um face lift no Velho, pois quando os paralamas foram cortados, o capô ficou com um desenho estranho, bicudo, Arredondando cuidadosamente estas extremidades, o visual ficou perfeito.

Os detalhes estão nesta página, onde pode ser visto como foi feito o trabalho na fibra. Interessante para quem gosta de saber como as coisas são feitas. Também foi feito um pequeno ajuste no desenho do paralama dianteiro, para ficar com as linhas mais fluídas.

A pintura final não foi completa, apenas onde a fibra foi alterada. O Iran é perfeito nos retoques, não há nenhuma mancha ou diferença de tonalidade em relação ao que não foi pintado, apesar dos dez anos que já se passaram.

E o motor também teve seu retrabalho, com as latas sendo lixadas e pintadas de vermelho. 

2005

Não dá para considerar uma reforma, mas em 2005, algumas pequenas alterações foram feitas no Velho. A mais importante delas foi a colocação de uma coluna de direção do Santana, que é escamoteável, facilitando a entrada e saída do outro velho… Acreditem, facilitou muito!

Os bancos foram forrados com courvin náutico e não esquentam mesmo, além de não amarelarem com o tempo e não mofarem. E ganharam um bordado do Planeta Buggy.

Também colocamos estribos (nerf bars) e o novo parachoque traseiro, com a alteração do coletor de descarga, fazendo com que a pirâmide ficasse voltada para cima. E um novo cambão, fabricado pela BRM e enviado de presente para o Velho.

Mais alguma coisa?

Bem, nos últimos anos, o Velho recebeu novos faróis de 7″, filtro de óleo externo, com bomba Schadeck dupla e espelhos com suporte do Meyers Manx. E, depois de tanto tempo andando em praias e trilhas (nem tanto assim…), ele se aposentou destas coisas e foi levemente rebaixado na suspensão.

Mas, em 2023, a suspensão subiu de novo e ganhou umas molas de reforço na dianteira.

E também recebeu pequenos calços de borracha sob os bancos, para melhorar o conforto. Os primeiros utilizados não aguentaram o peso do Buggyman, mas os novos parecem estar firmes. Mais um tempo de testes e vou colocar aqui o resultado. São suportes para equipamentos que vibram.

A foto de abertura é de autoria da Samanta Floor e mostra uma antiga cervejaria da cidade, onde hoje está uma dependência da Universidade Federal de Pelotas.

Preciso achar novas alterações para ele!

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E, para saber como fazer boas fotos de um buggy, dá uma olhada nesta página.

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Este post tem 6 comentários

  1. Luis paternostro Silva

    Essas fotos me lembram a Zona Do Porto de Pelotas!!! Essa ideia do estepe abaixo do Banco foi Genial. E esse Arco do Parabrisa é o Original dele ou voce refez

    1. Beco

      Opa, Luis, sim, as fotos foram tiradas na Zona do Porto de Pelotas e o arco do parabrisa é o original do Glaspac, que muitos usaram na época. Também é igual ao do Manx. A ideia do estepe só foi possível com o levantamento da carroceria e o uso de um estepinho.
      Grande abraço!

    1. FRAGA

      Buenas….
      Alguma dica de como encaixar o capô do glaspac?
      Muito dificil encaixar a frente e o bocal do combustível.

      1. Beco

        Sim, é bem complicado. Eu acabei alterando um pouco a parte de baixo, cortando um pedacinho e rebaixei o bocal do tanque (na verdade, troquei de lugar, mas acho que só rebaixar já fica de bom tamanho. Tem que ser entre duas pessoas, com cuidado para não arranhar a pintura (já deve estar pronta, né?) convém colocar fita crepe nos locais que pode raspar.

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