Os Buggies Clássicos do Planeta
Um pouco de história
Esta é uma classificação que foi, empiricamente, montada pelo Planeta Buggy. Os Buggies Clássicos, portanto, são uma visão muito particular do Buggyman.
No entanto, esta mesma classificação poderá sofrer alterações no futuro, como já aconteceu no passado. Nada impede que um buggy mais recente receba a classificação de “Clássico do Planeta”, já que tudo é dinâmico, como são os próprios bugues!
Glaspac – O mais Clássico dos Buggies Clássicos
Em primeiro lugar na nossa lista, pela inovação e pioneirismo, o Planeta coloca o Glaspac. O Velho’73, o buggy do Buggyman, é um Glaspac 1972 e serviu de modelo ao logo do site. É, portanto, um pouco de nepotismo mantê-lo como o clássico dos clássicos…
Conheça a história da Glaspac e alguns dos buggies que estão registrados no Planeta Buggy, nesta página.
Kadron – Design Inovador de A.C.
Foi o segundo buggy a ser lançado no Brasil e com um esquema muito mais profissional que o pioneiro Glaspac. O design foi feito pelo Mestre Anísio Campos, o que o torna um buggy clássico duplamente! E a produção foi feita nos galpões da Puma, em uma linha de montagem “de verdade”. Confira na página dedicada a ele, aqui no Planeta.
BRM – Uma das Mais Longevas Fábricas Paulistas
A BRM iniciou montando buggies Glaspac e evoluiu para seu próprio modelo, transformando-se em uma das mais importantes fábricas de buggies atualmente. O Planeta já tem uma página dedicada ao BRM e sua história nesta nova página. Aguardamos tua visita!
A BRM desenvolveu vários modelos de buggies, mas o Planeta considera, como um buggy clássico, aqueles modelos iniciais, que tem o estilo californiano. Como o que está na foto a seguir, customizado pelo incrível artista Sid Mosca, que estava em uma matéria da revista “Auto Esporte” de 1978.
A BRM começou suas atividades no ramo dos bugues, com a montagem de kits da Glaspac. Foi o M1 da empresa, como pode ser visto nesta rara foto a seguir. Um Glaspac “BRM”! Há uma informação que a Glaspac, quando foi descontinuada, teria cedido as formas para a BRM. Não consegui confirmar esta informação, até porque depois que a Glaspac parou de produzir os buggies, a Tander Car prosseguiu por algum tempo com a marca e as formas.
Baby – Uma Fábrica Histórica e Atual
A Baby é uma fábrica carioca que está no mercado há mais de 20 anos. Junto com a Bugre, foram as únicas que sobreviveram no mercado do Rio de Janeiro.
O buggy Baby não sofreu grandes alterações de estilo ao longo dos anos, o que é bom, pois o desenho deles privilegia um bom portamalas e um habitáculo confortável. É um dos modelos mais copiados, tendo clones espalhados pelo Brasil, com pequenas alterações. No Planeta, tem muitos buggies Baby, nesta página.
O buggy abaixo pertenceu ao Fabrício, um buggista já falecido, que curtia rallies e buggies.
Selvagem – Um Clássico Nordestino
No Rio Grande do Norte, uma marca é unanimidade entre profissionais e buggistas: Selvagem.
Com um estilo bem próprio, o Selvagem mantém-se no mercado com qualidade e respeito aos seus clientes. O Sr. Marcos é o cara que desenvolveu e produz um dos melhores buggies do Brasil. A empresa possui uma página oficial. O Planeta demorou um pouco para reconhecer o Selvagem como um dos Buggies Clássicos, mas aí está! Saiba um pouco mais da história deste buggy e de seu criador, nesta página
O buggy a seguir pertencia ao Washigton Luis Costa, que é um bugueiro profissional do RN. Belíssima personalização!
Bugre – O Carioca Sempre Presente
No Estado do Rio de Janeiro, ainda funciona a fábrica do BUGRE, uma das mais antigas do Brasil, tendo construído seu primeiro modelo em 1970, quando produziu e vendeu 170 unidades. Inovou, na época, no corte e solda da plataforma do fusca, com um corte em “V”, para proporcionar uma área de solda maior e, conseqüentemente, mais robustez ao conjunto. Em seguida, fabricou um modelo que era quase um carro esporte, o Bugre SS. Como todo bom “fora de série” nacional, abusava na reutilização de peças de outros veículos: os faróis eram de Variant e as sinaleiras traseiras, do ônibus Mercedes.
Recentemente, fez uma nova versão de seu buggy e mudou de endereço. Segundo o Paulo Cavalcante, depois de mais de 36 anos no mesmo local, mudou-se para um ponto mais próximo de seus principais clientes, na Região dos Lagos, há mais ou menos dois anos. Interessante é que, no endereço antigo, há uma empresa revendedora de buggies e o pessoal acaba confundindo e pensando tratar-se da própria Bugre.
Outra característica interessante desta marca, é que é confundida com o próprio bugue. Ou seja, buggy, bugue, bugre, são sinônimos populares para o mesmo veículo.
o Bugre já está nos Clássicos do Planeta, aqui neste site (já nem tão novo…)
Buggy Fyber – Outro Clássico Nordestino
A Fyber iniciou como uma empresa especializada em fabricar artefatos de fibra de vidro, cujos proprietários, os irmãos Rogério e Agliberto Farias, resolveram desenvolver um buggy, no início da década de 80. Até 1995, foram produzidos cerca de 15.000 unidades dos buggies Fyber.
A empresa iniciou produzindo o Duna´s, que foi o precursor do Fyber e que tinha a opção de ser anfíbio! Na Revista 4X4 nº 5, de 1983, uma reportagem sobre este buggy teve destaque. As linhas do Fyber, inéditas naquela época, influenciaram toda uma geração de buggies nordestinos, com vários clones sendo produzidos, inclusive um com o nome Fyber e que ainda está em produção mas, claro, o Clássico do Planeta é o original.
Emis – O Carioca que virou Gaúcho
O Emis nasceu no Rio de Janeiro e depois foi produzido em Porto Alegre. Mais recentemente, mudou-se para Santa Catarina, onde a empresa permanece na produção de barcos de fibra de vidro.
Em contato com eles (julho/19), afirmaram que não estão produzindo o buggy Baby, pelo menos momentaneamente. Mas tem algumas unidades para quem estiver interessado (em 2019!)
É um buggy com características de carro esportivo, inovando no estilo e na estrutura, com um chassi em duplo “Y”. Teve até versão com portas e uma capota com “asas de gaivota”, muito interessante, esteticamente falando, mas bem desconfortáveis para quem é levemente claustrofóbico.
O Planeta Buggy conta a história da Emis nesta página e já tem fotos de detalhes de alguns Emis.
Reno – Inovador no Início da “Febre”
O Planeta Buggy custou a reconhecer a importância do Reno no desenvolvimento da indústria buggista brasileira.
Mas ele foi inovador em várias categorias e, principalmente em uma delas, ainda sem concorrente: a capota pantográfica.
O Planeta montou uma postagem para ele, com ajuda do próprio projetista. Com (quase) todos os detalhes incríveis deste buggy, à frente de sua época.
Gurgel X12 – Primeira Fase
O Gurgel já era um Clássico do Planeta, mas não tinha elegido um modelo específico para representar a marca.
O X12 merece este título pois, além do visual e do projeto bem feito, existem muitos exemplares ainda hoje em circulação.
Este post tem 6 comentários
Deixe um comentário Cancelar resposta
Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.
Boa noite, meu nome é Ivano Couto, fui sócio e responsável técnico da Gerbauto que fabricava o Buggy Cooper, atualmente me dedico a restauração de autos antigos da minha própia coleção. Um dia indo pra minha casa de Búzios aqui no Rio de Janeiro, achei um Cooper bem acabadinho logo o meu velho coração deu uma aceleradinha, arrumei um caminhão botei o bichinho encima levei pro meu galpão e comecei a restauração. Estou no final da obra, precisando da tampa de bateria e do spoiler dianteiro, se alguém poder me ajudar eu agradeço
Sugiro incluir o Bird! Bela história do início no RJ até a produção na BA, onde adquiri o meu 86.
Gostaríamos de colocar todos os buggies brasileiros! Mas é complicado conhecer a história de muitos deles. Se tens alguma informação sobre a fábrica do Bird, manda! Se tiver fotos e publicidade de época, melhor ainda.
Como faço para enviar foto?
pode mandar para o email beco@planetabuggy.com.br com detalhes e alguma história. E vamos conversando antes de publicar.
Tenho um BOBBY ano de fabricação do mesmo em.1987 por um apaixonado por buggy (já falecido).
Este senhor comprou a fibra no Rio de Janeiro e montou 2 BOBY em coma de chassi de fusca im era para seu neto e outro para o senhor Raul Bornancin, este apaixonado por buggy e carros antigos. O sr Raul ainda está vivo. Pois negociei com ele o BOBBY por ser um sonho de criança, a ser realizado no negócio que fi com ele , dei um opala 4 portas,3 marchas, cambio na coluna, banco inteiriço na frente, uma verdadeira relíquia.