Meyers Manx Tow’d
Cerca de dois anos após concluir o projeto do seu ícone automobilístico, o Meyers Manx, Bruce Meyers fez uma nova criação, ainda mais radical o Meyers Manx Tow’d
O nome Tow’d veio do conceito de rebocar o carro até o ponto onde seria utilizado. E isso de uma maneira interessante. A tow-bar era embutida no carro e rígida, o que fazia com que ele fosse rebocado com as rodas dianteira no ar.
Desta maneira, pelas regras gringas da época, o carro não precisaria ser licenciado para ser rebocado.
No Brasil não daria. Por aqui, colocou as rodas na estrada, mesmo que não todas, tem que estar licenciado e com tudo em dia.
Logo e “Apelido” do Tow’d
Não sei quem desenhou este logo, mas tem a cara do Bruce! Pela semelhança no som das palavras, em inglês, um simpático sapo (toad) foi escolhido para ser o logo do igualmente simpático carrinho
O Projeto do Meyers Manx Tow’d
A simplicidade do projeto é interessante. O chassi é tubular, com esperas para fixar os agregados do Fusca, tanto na traseira quanto na dianteira.
A carroceria é em peça única, incluindo os bancos, que são apenas almofadas presas com pressões na carroceria.
O suporte do volante é o mesmo tubo que esconde a tow-bar rígida.
Depois de um tempo, Bruce desenvolveu um kit para tornar possível andar nas vias públicas, transformando o Tow’d em Towdster, que aparece na última foto da galeria a seguir.
Crédito das fotos acima: Forum do TheSamba.
O Uso do Meyers Manx Tow’d
A intenção de Bruce era fazer um veículo off-road, exclusivamente. Daí a falta de todos os elementos legais exigidos nos EUA na época.
Além disso, o tanque atrás dos bancos, praticamente sobre o eixo traseiro e a dianteira sem nada além do quadro da suspensão, faziam a frente ser muito leve.
Aí entra outra invenção de Bruce para arrastar o carro com uma tow-bar (cambão para nós) e sem encostar as rodas dianteiras no chão! Legal isso, né? Pelas regras deles, sem as rodas dianteiras no chão, não precisava enquadrar nas regras de circulação (deles).
A outra sacada genial, foi colocar o cambão dentro de um tubo que também serve de suporte para a coluna de direção. Cambão escamoteável! Daria para fazer alguma coisa assim com os nossos…
O Manx Tow’dster
Ok, a ideia de arrastar o carrinho era boa, mas o mercado começou a exigir modificações que permitissem ele transitar nas vias públicas.
Bruce, então, desenvolveu um kit de iluminação, capôs, paralamas, parabrisa e painel para colocar no Tow’d original, sem fazer alterações na estrutura ou na carroceria original. Ficou interessante.
Repara no santoantônio na primeira foto a seguir. Ele é preso ao chassi e não à carroceria. Serve, por consequência, para firmar um pouco mais a própria carroceria.
Comentário do Planeta
É um veículo ainda mais inseguro que um Dune Buggy normal. O próprio Bruce acidentou-se feio em um deles, na Baja 1000. Quebrou ambas as pernas e esmagou o pé esquerdo, ficando um ano no hospital.
Olhando o desenho, nota-se a desproteção das pernas. Além disso, o baixíssimo peso dianteiro deve tornar a dirigibilidade muito complicada, principalmente na areia.
Outra coisa que estranho neste desenho, é a posição do bocal de abastecimento, entre os bancos.
Um pouco mais sobre o Tow’d nas imagens a seguir.
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