Já Para a Praia – Buggies na Imprensa
O Planeta Buggy gosta de espalhar conhecimento e diversão. A imprensa especializada, no Brasil, fazia matérias sobre buggies, mas sempre com muita ênfase nas “diferenças” com os carros que eles consideravam normais.
Esta reportagem, “Já Para a Praia”, da AUTOesporte sobre o lançamento do BRM M-8 não é diferente, mas era alguma coisa, pelo menos.
Já Para a Praia
Texto de Glauco Lucena, fotos de Ivan Carneiro
Mais recente bugue nacional comprova vocação para o lazer e a aventura. Mas bem longe da cidade, onde deixou de ser uma presença comum há mais de uma década.
Foi-se o tempo em que bugges eram presença corriqueira no cenário das grandes cidades. O aumento dos congestionamentos, da poluição e da violência restringiram esse meio descontraído de circular às praias e ao campo.
Desafiando esses obstáculos, Autoesporte avaliou nas ruas de São Paulo um raro lançamento no segmento que preserva quase as mesmas características dos primeiros bugues, inventados nos anos 60 pelos americanos.
O M-8 Long, da paulista BRM, inova pelo chassi tubular monobloco alongado, que permite bom aproveitamento de espaço para quatro pessoas.
Além disso, a empresa conseguiu fugir um pouco da obviedade das linhas dos bugues, concebendo uma carroceria de linhas mais fluídas e arredondadas, com estribos laterais incorporados.
O fato é que o M-8 Long chama a atenção no trânsito pelo inusitado, em meio a carros, utilitários, ônibus e caminhões.
Para quem está do lado de fora, a sensação é de curiosidade. Para quem está dentro, é impossível não incorporar um certo espírito aventureiro, mesmo quando se está indo para o trabalho, com roupas pouco confortáveis.
Entrar no carro em traje social é um desafio, pois é preciso escorregar para dentro dele (não há portas). Com a capota aberta, viaja-se mais exposto que em um conversível. Ao parar nos semáforos, até os vendedores de balas e afins, acostumados a abordar pela janela, estranham o escancaramento.
O barulho do velho motor 1.6 do Fusca (refrigerado a ar) também inibe o papo dos comerciantes.
Rodar com um bugue é como estar a bordo de um brinquedão. O descompromisso com a comodidade só colabora com esta sensação. Leve, ele é embalado com facilidade pelos 56 cavalos do motor “carburado”.
Mesmo sem dunas, emoção é o que não falta a bordo do M-8 Long na cidade. A direção sem assistência exige força e correções constantes no pequeno volante. Os freios (a disco na frente e lona atrás) demandam pisadas vigorosas no pedal.
Em termos de equipamentos, o M-8 Long oferece duas capotas – uma parcial, só com o teto, e outra para o inverno, que isola o interior mas prejudica bastante a visibilidade e o nível de ruído.
As duas janelas de plástico têm zíper e botões de pressão. Mas divertido mesmo é rodas sem capota e com o pára-brisa rebatido, ao sabor do vento (mas não na metrópole, é claro).
O motorista tem duas opções para deixar objetos de valor no carro: o porta-luvas com chave e o guarda-volumes sob o capô, onde ficam as capotas e o estepe – o motor é traseiro, assim como a tração. Há ainda bolsas laterais, cintos de três pontos na frente e engates traseiro e dianteiro.
O painel tem apenas três instrumentos redondos (velocímetro com hodômetro, marcador de combustível e o grupo de cinco luzes-espia.
Injeção e catalizador, nem pensar. Apenas quem produz mais de mil veículos por ano é obrigado a seguir as leis antipoluição. Não é o caso da BRM, que monta cerca de 40 bugues mensais.
O motor é zero-quilômetro, mas os conjuntos de suspensão e câmbio são remanufaturados para reduzir o preço do veículo – a partir de R$ 19.500, mas vendido por R$ 17.800 em promoção de lançamento.
Andréia Martini, diretora da empresa, afirma que o novo bugue responde por 90% das vendas da marca, que oferece outros três modelos, a partir de R$ 12 mil: “vendemos principalmente para o litoral e o interior de São Paulo, mas também exportamos para Cuba, Cabo Verde e alguns países europeus.”
A BRM, instalada em São Bernardo do Campo, é a maior montadora de bugues do país, e uma das mais antigas – tem 35 anos. Nos anos 80, auge deste tipo de veículo, havia mais de 40 marcas, fora os produtores de fundo de quintal.
Hoje restam sete. O Ceará, que já foi o maior polo produtor, com 16 marcas e mais de 250 unidades por mês, hoje tem apenas duas – a Fibravan e a Marina´s, que fazem 20 carros cada uma, em média.
Restaram ainda duas empresas no Rio de Janeiro (Baby e Bugre), que abastecem a região dos lagos e a Selvagem, de Parnamirim (RN), voltada para o turismo local. Com a retração do mercado doméstico, muitas exportam para países da Europa, Oriente Médio, Caribe e África.
O Buggy na Imprensa
O Planeta Buggy tem coletado matérias que saíram na imprensa brasileira e internacional sobre buggies, como esta, Já Para a Praia, da AUTOesporte.
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