Tecno M73 na Fusca e Cia
A matéria do Tecno M73 na Fusca e Cia foi enviada pelo Gil, que apresentou seu próprio carro para publicação no Acervo Virtual do Planeta e também é o proprietário do Tecno M73 na Fusca e Cia.
Aqui, no Planeta, temos mais detalhes e fotos, inclusive da reforma, para deleite dos aficionados.
Para facilitar a vida dos leitores de celular, o Planeta fez a transcrição do texto, que se encontra logo após as imagens.
Tecno M73 na Fusca e Cia
PURA DIVERSÃO
DIFERENTE DOS BUGUES de sua época, o modelo construído pela CARIOCA TECNOFIBRA unia características que o tornavam AGRADÁVEL NA AREIA e no ASFALTO
A febre dos bugues no final dos anos sessenta fez surgir uma série de fabricantes em várias regiões do Brasil, sobretudo na cidade do Rio de Janeiro.
Boa parte dessas empresas operava em pequenos galpões na periferia da capital fluminense – ou mesmo em fundos de garagens – e procurava basear seus projetos em réplicas dos modelos americanos.
Mas havia também quem trilhasse um caminho próprio, com ideias e conceitos inovadores.
Embora pouco conhecida, em função das poucas unidades fabricadas, a Tecnofibra surgiu em meados de 1969 e pode ser considerada uma dessas empresas dotadas de “patrimônio intelectual” independente. A começar pela formação de seu fundador, Fernando Pinheiro dos Santos. “Meu pai respirava gasolina desde muito cedo, já que era filho de um antigo representante das marcas Vespa e MG no Brasil.
E antes de começar a produzir bugues ele foi à Alemanha, onde realizou um curso sobre manuseio do plástico reforçado com fibra de vidro”, conta o carioca Rodrigo Pinheiro, filho do falecido construtor. “Além disso, ele chegou a produzir um protótipo denominado Pirao GT, todo de fibra e com mecânica de moto Norton 500 Dominator, que chamou muita atenção ao ser exposto na Feira da Providência, realizada em 1967, na cidade do Rio de Janeiro”, diz.
Além de comandar as áreas de criação e produção, Fernando dividia a administração da Tecnofibra em sociedade com os irmãos Ronaldo e Renato. E já no final de 1969, o trio ganhou destaque na mídia com o lançamento do modelo batizado de Play Bug, que se caracterizava pela concepção estética completamente diferenciada em relação aos demais bugues da época.
Montada no tradicional chassi do Fusca encurtado em 35cm, a carroceria se destacava pela frente chanfrada com faróis de Variant embutidos e lâminas defletoras de ar , que tinham como função melhorar a aderência ao solo em altas velocidades. Características que, somadas às linhas baixas (altura de apenas 110cm) e ao perfil aerodinâmico, transformavam o Play Bug quase em um verdadeiro esportivo – chegando mesmo a ser utilizados por alguns pilotos de competição.
O visual era reforçado pela presença de dois bancos individuais anatômicos em forma de concha, enquanto a área atrás deles ocultava um pequeno porta-malas onde ficava o estepe. O motor era acessado por uma pequena tampa traseira, enquanto o capô dianteiro guardava o tanque de combustível e a plaqueta de identificação originais do fusca. Por fim, o vidro do para-brisa nada Mais era que o vigia do VW 1600 de quatro portas, o popular “Zé do Caixão”.
EVOLUÇÃO NATURAL
Aproveitando o perfil quase esportivo do Play Bug, a empresa modificou o projeto em 1972, rebatizando o modelo como Tecno M-73 – justamente a versão que ilustra esta reportagem, propriedade do colecionador paulista Gilberto Clementino. Além de um acabamento mais sofisticado e a inclusão de portas, a novidade era oferecida com duas opções de capota: de lona ou teto rígido, ambos removíveis.
No campo técnico, o Tecno se destacava pela ausência total de vibrações do motor, graças a um sistema de calços para o transeixo – onde o motor arrefecido a ar é aparafusado – desenvolvido pela Tecnofibra. Além disso, a bitola dianteira cresceu 13cm, enquanto a traseira foi aumentada em 20cm em relação ao Fusca. E o fabricante adotou ainda rodas de 13 polegadas, prevendo que os clientes pudessem investir num desempenho mais “bravo”. Por sinal, Bravo é o nome do bugue lançado posteriormente pela Tecnofibra. “meu pai percebeu que as portas tornavam a carroceria mais frágil e encerrou a produção do Tecno M-73. Em seu lugar foi lançado o Bravo, com teto rígido tipo targa também removível”, descreve Rodrigo.
Após mudar a razão social para Fibrafort, a empresa carioca manteve as atividades até meados de 1986. “O negócio acabou após o Plano Cruzado e o congelamento dos preços criado pelo governo. Eu era pequeno, mas lembro-me de meu pai reclamar que a matéria-prima importada subia e ele não podia reajustar o valor dos carros”, detalha Rodrigo.
No total, a produção somada do Play Bug, Tecno M-73 e Bravo chegou a 385 unidades.
Comentários do Planeta
Quando faço transcrições de matérias da imprensa, como esta do Tecno M73 na Fusca e Cia, deixo tudo da maneira como foi escrito. Bugue não é como eu escrevo, nas não vou alterar o texto de um jornalista especializado.
A matéria do Tecno M73 na Fusca e Cia, informa o aumento das bitolas dianteira e traseira. Na verdade, segundo o Gil, não há alteração na suspensão, então este aumento pode ser por conta do offset negativo das rodas e da largura das talas o que era bem comum nos buggies da década de 70.
Como a revista informa que a bitola dianteira teve um aumento menor, isso é justificado pela tala das rodas, que é menor na dianteira.
Tecno M73 na Fusca e Cia é uma bela matéria, que mostra um veículo que teve grande presença no mercado dos anos 70 no Rio de Janeiro.
O Buggy na Imprensa – Tecno M73 na Fusca e Cia.
O Planeta Buggy tem coletado algumas matérias que saíram na imprensa brasileira e internacional sobre buggies, além dessa sobre o Tecno M73 na Fusca e Cia.
Todas foram colocadas em uma página mestre, onde tem links para todas as matérias.
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