A Casa do Buggy – Recados do Buggyman #12
Pelo menos no Brasil, acho que posso dizer que o Planeta Buggy é a Casa do Buggy. E tudo começou de maneira muito singela, com uma lista de amigos que trocavam ideias sobre o que poderia interessar aos aficionados de buggies.
Apesar de, na época, os buggies serem praticamente Fuscas com roupagem de praia, nós queríamos um espaço apenas de buggies, suas vantagens, seus problemas, como manter, essas coisas básicas.
E criamos, o caseiro e suas visitas, um colossal montante de matéria sobre o assunto. Muita coisa ainda espalhada entre os foruns e a página antiga. Mas que vamos trazendo, aos poucos, para este novo e mais amigável espaço. Muita coisa se perdeu, mas bastante informação ainda está disponível. Trabalho para o caseiro! E para os visitantes desta casa, também.
A Casa do Buggy e “O Caseiro”
O Buggyman, após aposentado, tem tido um pouco mais de tempo para se dedicar à Casa do Buggy. Mas continua dependendo do apoio dos visitantes desta casa do buggy. Vou contar com isso, sempre!
O Caseiro tem um único buggy, desde 1973. Chamado de Velho’73 por causa disso. Mas nos documentos consta o ano de fabricação de 1969, pois era o carro doador e assim era feita a documentação de um buggy naquela época.
Ele foi montado em 1972 por alguém que teve medo de não ver seu buggy licenciado no ano seguinte. Tinha um delegado na cidade que proclamava que buggy não era carro e não seriam renovadas as licenças dos três que, então, tinham na cidade. O Velho’73 foi o primeiro a ser emplacado em Pelotas, RS.
Naquela época, a Polícia Civil é que fazia os licenciamentos anuais, com inspeção física, sempre. Aí, tem uma história que nunca contei por aqui.
Em 1974, ao levar o buggy para a inspeção e licenciamento, com todos os papéis devidos, entrei na fila e fiquei esperando. Era o primeiro licenciamento que eu ia fazer, depois de ter comprado o buggy. E tinha aquele perigo de não renovar. Confesso que estava assustado.
Um dos avaliadores aproximou-se, pediu os papéis, olhando o buggy (e o dono dele, à época um cara cabeludo e esquisito) e foi direto na placa traseira. Para os que não sabem, a placa original do Glaspac era montada em um suporte da Rural Willys, basculante, para se ter acesso ao motor. E o arame do lacre, preso à carroceria e à placa, estava ali, firme.
O cara puxou a placa para cima, violentamente e… partiu o arame do lacre. Aí, pediu os “documentos do lacre”, ou seja, a taxa para fazer um novo lacre. “Cara, tu acabou de arrancar o lacre!” “volta quando tiver os documentos…” e foi para o próximo da fila, um caminhão grande. Fiquei ali, parado, pensando o que fazer, já que pagar outra taxa não cabia no orçamento… e, vai saber, quando voltasse, ele inventaria outra coisa. Para não correr riscos, amarrei a placa no lugar, com o arame rebentado.
Neste momento, aproximou-se outro avaliador e me pede os documentos. Entreguei para ele e ele fez a volta no carro, viu o lacre no local, pediu o extintor, pediu para ligar o carro e acelerar (para ouvir o barulho). Acelerei um pouco, temendo que o outro ouvisse (ele ainda estava atrás do caminhão, provavelmente, incomodando o infeliz) e ele pedindo “acelera mais, acelera mais!”.
Com um sorriso no rosto, não sei se por gostar do carro ou por perceber que tinha dado um pedal no companheiro, assinou os papéis e me mandou embora. E eu desapareci dali, o mais rápido que pude (com o 1.300 da época, não era muito…)
Em Santa Maria, em 1974 ou 75.
Um cara esquisito em um carro esquisito!
Contribuições à Casa do Buggy
Nem de longe sou o cara que montou toda essa história. A Casa do Buggy foi construída pelas contribuições que recebemos, ao longo dos últimos 20 anos (!!!) e que trouxeram inestimáveis informações sobre buggies, sua manutenção e, principalmente, sua diversão.
O que eu gostaria, neste momento, é que vocês dessem uma olhada nos foruns e achassem assuntos que ainda não estão por aqui e que poderiam ser do interesse de todos.
Coloquem o link, que o caseiro tenta alinhar tudo em uma página do site. Vou fazer o mesmo, claro, mas sempre consultando o pessoal, através, principalmente, do grupo no Facebook e na página do site no Facebook.
A Garagem da Casa do Buggy
Nesta Casa do Buggy, também tem espaço para uma imensa garagem. Nela, queremos colocar tantos buggies quanto possível, mas não conseguiremos colocar todos, claro. A regra vai ser colocar os que tem mais informações, mais fotos e também os que mostrem reformas e detalhes de alterações e melhoramentos.
Estamos iniciando e temos poucos buggies por lá. Mas vamos continuar colocando buggies no Acervo Virtual do Planeta, que está de cara nova, com marcas por ordem alfabética para ser mais fácil encontrar o que se procura.
Carpe Diem Quam Minimum Credula Postero
Durante um bom tempo, o Planeta usou esta expressão latina em algumas postagens. Significa que devemos aproveitar o dia, porque não podemos confiar no amanhã. E é isso que um site como o Planeta privilegia: curtir o tempo que temos, pois a roda da vida não para de girar nunca e o amanhã é sempre uma incógnita. O Planeta Buggy é, desde o século passado, a Casa do Buggy.
Imagem: Desenho a carvão sobre papel. O Caseiro, por Diego Floor.
Os Recados do Buggyman
As postagens “Recados do Buggyman” estão sendo colocadas em uma página índice (em 2022) para ficar mais organizado este espaço.
Afinal, acho que nem eu consigo saber tudo que já temos por aqui!
As Atualizações do Planeta Buggy
A seguir, as atualizações mais recentes do Planeta Buggy. Se quiser ver todas as postagens do PB, em ordem cronológica, é só clicar em “Novidades” lá no menu superior.
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Talvez uma sessão de Ficha Técnica e especificação dos Buggys poderia ser bem atrativo para os apaixonados pelos buggys
nunca tinha pensado nisso. É uma boa ideia. Eu tenho as fichas técnicas de alguns buggies. Só os mais conhecidos. Mas vou começar a colocar o que tenho. Obrigado pela dica!