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Menon do Amadeu

Tralhas na Trilha – Atualizada 2022 – O que levar no Buggy

Atualização 2022

Como tudo neste site (e na vida), atualizações são necessárias. Esta postagem entrou no PB pela primeira vez em março de 2003.

Desta vez, colocamos algumas coisinhas a mais nas tralhas para o buggista e uma checklist para não esquecer de nada!

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Checklist de Tralhas na Trilha
Checklist de Tralhas na Trilha

O que levar em uma trilha?

Tralhas na trilha, é uma coletânia de coisas para se levar em uma trilha, passeio na praia ou outro lugar mais afastado da civilização. 

Em primeiro lugar, nunca vá sozinho a lugares muito afastados, porque se houver uma pane mecânica, poderá ser bem difícil sair da enrascada! Dois ou mais buggies, equipados com cambão, ou com cabos de tração, são a garantia de que poderemos voltar para casa. 

Muito do que se pode fazer depende do que temos em nosso poder, no próprio carro. Claro, esta não é uma lista definitiva e pode ser alterada para adaptar-se a cada caso. 

Ok, tu não sabes nada de mecânica? Não importa, sempre podes encontrar alguém que entenda, mas que não tem as ferramentas ou peças adequadas. Por isso, garanta que estas coisas estejam sempre à mão.

Em primeiro lugar, as coisas para o buggista

Água, muita água (para o buggista, não para o buggy – exceto se tiver motor AP ou outro que tenha refrigeração líquida) e alguma coisa para comer. Óbvio? mas precisa estar na nossa lista de tralhas na trilha. Frutas, barras de cereais, sanduíches, ovos cozidos e frios (salame, presunto, queijos…), fatiados ou em cubos, são ótimas pedidas.

Podes levar latas de conservas, como atum e sardinhas. Prefira as abre-fácil mas, caso não sejam, não esquece de levar um abridor também.

Não pode faltar uma tábua de corte pequena e facas. Pelo menos uma que sirva para descascar e cortar coisas.

Se for preparar alguma comida, não esquece dos temperos, claro. E carvão para o churrasco!

Papel toalha/higiênico, sabonete, material de higiene, tudo acomodado em sacos tipo zip-lock, para evitar contaminações. E leve um camburão com, no mínimo, três litros de água para higiene.

Primeiros socorros – aqueles kits ex-obrigatórios, acrescentando: curativos adesivos (tipo band aid), gase para curativos, esparadrapo, anti-séptico spray, colírio, alguma pomada para queimadura, tesoura (decente, não a do kit) e uns dois rolos de gaze daquelas para ataduras.

Óculos de proteção (podem ser de grau ou de sombra), porque não é agradável um inseto bater no seu olho, a 60km/h ou mais, ou até mesmo areia, é muito desagradável.

Um repelente de insetos pode ser uma boa pedida, dependendo do lugar que você vá.

Botas de cano longo (couro ou borracha) podem ser uma boa, se você for para uma trilha no meio do mato ou em locais com muito barro (ou cobras). Existem modelos de borracha que são bem flexíveis e acomodam-se em qualquer cantinho do buggy.

Um apito. Ok, parece meio infantil, mas um apito que faça muito barulho, pode ajudar alguém que esteja perdido em uma trilha, no meio do mato.

Uma Mochila

Não esqueça da proteção contra os raios UV! Chapéu ou boné. O melhor é o estilo australiano, pois não voa facilmente, como o boné e tem uma aba que vai proteger suas orelhas e nuca do sol.

Protetor solar de qualidade, no mínimo 60FPS. Não esqueça dos joelhos, caso esteja de bermuda!

Roupa de banho. E, claro, toalhas de banho. Mesmo que você não esteja na beira do mar, pode aparecer um belo arroio pelo caminho. Leve alguns sacos plásticos para colocar a roupa molhada, depois.

Mesmo em passeios de um dia, é bom não esquecer de levar uma calça/bermuda, camiseta e roupa de baixo, para o caso de sujar ou molhar. 

Luvas para o trabalho pesado e luvas de látex ou tecido para serviço leve e não sujar as mãos. Protegem suas mãos se for preciso remover algum obstáculo da pista, trocar um pneu ou para algum trabalho “mais sujo”.

Se não usar capota, uma boa solução para a chuva é o uso de roupas de motociclistas, daquelas baratas que cabem em uma pequena sacola.

Mas não esqueça de uma capa impermeável para o celular! E, se levar câmera fotográfica, uma bolsa adequada para ambientes hostis…

E como levar toda estas tralhas na trilha?

Para acomodar as coisas de alimentação, uma caixa térmica é a melhor solução. O gelo pode ser feito em casa, em garrafas pet pequenas, acomodadas no fundo da caixa. Ao degelar, ainda podem ser bebidas. E não faz uma lambança como o gelo solto.

Para sanduíches e outras coisas, nada melhor que caixas plásticas tipo Tupperware (ou caixas de sorvete) ou mesmo os sacos tipo Zip-Lock.

E não esqueça de sacos de lixo para não deixar nada pelo caminho. Usando o lema dos espeleologistas e adaptando-o para trilhas, dunas e passeios,

Da natureza, nada se tira além de fotos, nada se deixa além de pegadas, nada se leva além de saudades, nada se mata além do tempo…

Agora, as tralhas na trilha para o buggy

Ferramentas:

Macaco (sanfona ou hidráulico); pedaço de madeira para servir de apoio ao macaco em situações extremas (barro e areia); chave de rodas; chave de velas; chaves de fenda e phillips (existem umas combinadas muito boas), inclusive uma de cabo curto para regular o carburador; chaves de boca/estrela ou conjunto de soquetes (7-32mm); chave “L” 14mm para tirar a bomba de gasolina; alicates de pressão e normal; martelo; canivete ou faca; pá/enxada desmontável. Para quem não tem um guincho, uma talha mecânica. Ocupa um pouco de espaço, mas é uma boa.

Outra opção são os macacos hi-lift, que também podem ser usados como talhas (acho caros demais); um conjunto de correntes para os pneus traseiros, se for pegar uma trilha no barro. Luizinho acrescentou algumas ferramentas a este “arsenal”: calibrador manual; pequeno compressor elétrico para encher pneus. Não menos importante, um jogo de cabos para fazer ligação entre baterias (a popular “chupeta”) e, finalmente, um extintor, que não é mais obrigatório, mas necessário.

Peças & tralhas

Correia do dínamo/alternador; tampa do distribuidor; rotor; platinado; condensador; bomba de gasolina, bobina (pode ficar presa ao lado da “oficial”), pelo menos um cabo de vela ( o maior) e uma vela; fusíveis; pedaços de fio e arame; fita isolante (dois rolos, pelo menos); fita adesiva plástica (do tipo “silver tape”- não crepe); cola silicone; dois litros de óleo; líquido de freio; cano plástico de combustível; cabo de acelerador; cabo de embreagem; lanterna (com pilhas, inclusive reservas!!); fósforos/isqueiro; óleo spray (WD40 serve até para secar a tampa do distribuidor); fusíveis.

É interessante levar uma corda de nylon/tira para reboque com tamanho e capacidade suficiente para rebocar seu buggy. Não poderá ser usada em vias públicas, mas pode auxiliar a sair de um atoleiro ou algo assim. Para saber sobre como rebocar o buggy em vias públicas, o Planeta tem uma postagem e video sobre isso. Dá uma olhada aqui.

E, para trilhas realmente pesadas, pensa na possibilidade de usar correntes para tração. O Planeta Buggy fez uma postagem sobre isso, com o auxílio do nosso parceiro Amadeu

E para levar essas tralhas na trilha?

As “nossas” tralhas na trilha não ocupam muito espaço, podendo ser utilizada uma caixa de ferramentas ou uma sacola de tecido resistente ou uma velha mochila (faz menos barulho), embrulhando-se as peças e ferramentas separadamente, com pedaços de pano (sacos comprados em supermercados para pano de copa são excelentes e baratos e vão ajudar na limpeza após os eventuais serviços), algumas lâmpadas (farol, pisca, freio – verifica o tipo das que  estão instaladas no buggy).

Algumas caixas utilizadas para transporte de munição são ótimas para estas tralhas na trilha, pelo fato de serem estanques, ou seja, resistem à entrada de umidade e poeira. Podem ser encontradas em versões metálicas ou plásticas em lojas de artigos esportivos e de pesca.

Bagageiro no Buggy

Levar coisas em um buggy pode ser desafiador, principalmente em buggies mais antigos que não tem porta-malas ou são de pequeno tamanho.

Um bagageiro pode ser uma boa solução. Se não gostar do visual, pode ser um que possa ser retirado quando voltar da trilha.

Conheça os tipos de bagageiros mais utilizados em buggies, nesta postagem.

E fica alerta para a fixação desta carga, com as dicas do Planeta.

Dicas de “sobrevivência”

Atolou e tá difícil de sair? Usa os tapetes de borracha para conseguir melhor aderência e sair do sufoco. A pá desmontável do kit ajuda bastante a preparar o terreno para desatolar. E, claro, as correntes que falamos antes.

Estourou o cabo do acelerador? Coloca um calço sob a alavanca, no carburador. Vai ficar acelerado quando parado, mas vais andar. Apertar o parafuso da regulagem de lenta também pode ajudar. Cuidado na arrancada!

Rompeu um dos canos do freio? Solução um pouco arriscada, mas vale em situações de isolamento. Corta o tubo que rompeu com o alicate e dobra a ponta para conter o vazamento (o alicate que está no kit faz o serviço). Completa o fluído de freio (que também deve estar no kit) e faz uma sangria de emergência. Vais andar com uma roda sem freio, mas vais ter algum freio. Dirige com cuidado até a civilização e providencia o conserto correto.

Pifou a bomba de combustível? Com um caninho de combustível (está no kit) e uma garrafa qualquer, coloca em nível acima do carburador e faz uma ligação direta entre a garrafa (cheia de combustível, claro) e a entrada de combustível do carburador. Com a fita adesiva do kit, prende o tubo na garrafa.

Tudo bem preso dentro do buggy! Bateria, extintor, caixa térmica… em caso de acidente, qualquer destas coisas pode se transformar em um aríete que poderá causar ferimentos nos ocupantes do buggy.

Quer saber mais sobre manutenção de buggies? Visita esta página aqui do Planeta.

E, se precisar rebocar teu buggy, veja o que o Planeta sugere, nesta página. Considere colocar uma bolota de tração e um cambão em teu buggy, caso não tenha. Em trilhas, é muito bom poder contar com os parceiros, mas tem que estar preparado.

Dica importante – Se tens faróis de LED ou xenon, melhor levar um conjunto de lâmpadas halógenas para trocar em caso de alguma blitz. A multa vai ser dada, mas com a troca, é possível seguir viagem e não ter o buggy guinchado.

Este texto foi montado com o apoio de vários buggistas, ainda no site antigo. Amadeu de Amparo-SP, Luizinho de Fortaleza e Cláudio Henrique de Natal-RN, foram os que deram as maiores contribuições.

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